Transtorno Afetivo do Espectro Bipolar é uma doença que cursa com alteração da apresentação dos afetos resultando em modulações do humor, ora depressivo ora de mania ou hipomania. Essas fases são bem definidas e têm duração de alguns dias, até meses.
Esta doença está relacionada à interação entre fatores biológicos, neuroquímicos e psicossociais/ambientais, com alta carga de transmissão genética.
Segundo a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) afeta cerca de 140 milhões de pessoas no mundo e os sintomas aparecem quase sempre na vida adulta, comumente antes dos 30 anos, predominantemente entre 18 e 25 anos de idade.
Como posso identificar se o que tenho é TAB?
Em primeiro lugar, somente um especialista habilitado, que nesse caso é um psiquiatra, tem a capacidade de avaliar as queixas e diagnosticar o quadro. Sendo assim, caso identifique presença de grande parte dos sintomas listados a baixo, procure ajuda.
Entre esses estão:
- Mania (euforia intensa, aceleração do pensamento, agitação extrema, excesso de energia, desinibição/exposição social (por exemplo, sexual, gastos excessivos, engajamento em atividades de risco), diminuição da necessidade sono e pensamento de grandeza, podendo ou não cursar com delírios de grandeza e episódios de alucinação.)
- Hipomania (sintomas parecidos com a mania, só que em menor intensidade)
- Depressão (alterações de apetite com perda ou ganho de, tristeza na maior parte dos dias, fadiga ou perda de energia, desânimo e choro frequentes, desproporcionais a vivência, apatia, perda de interesse ou prazer, dificuldade de concentração ou de tomar decisões devido insegurança, medos e indecisões, pensamentos recorrentes de morte ou suicídio, agitação ou lentificação psicomotora (lentidão na fala e nos movimentos), insônia ou hipersonia (sono aumentado), sentimentos de culpa e inutilidade, tendência ao isolamento social, ansiedade e irritabilidade, diminuição da libido, incapacidade de sentir prazer em atividades que antes da depressão eram agradáveis.)
Lembre-se, especialista é sempre a melhor escolha, diagnóstico errado ou atraso no diagnóstico de bipolaridade implica em agravos para sua saúde física e mental.
Não se esqueça, automedicação nunca é a melhor escolha, procure um especialista!